Ministros analisaram pedido da Justiça italiana para transferência imediata do ex-jogador acusado de estupro coletivo, para cumprir regime fechado.
O ex-jogador Robinho teve uma decisão desfavorável por parte do STJ (Superior Tribunal de Justiça) nesta quarta-feira (20), com 9 votos a 2 a favor de que ele possa cumprir no Brasil a pena por estupro coletivo ocorrido na Itália, onde foi condenado a nove anos de prisão.
O atleta Robinho está envolvido em uma polêmica jurídica que tem repercutido enormemente na mídia esportiva. A decisão do STJ afeta diretamente a carreira do jogador de futebol, trazendo consequências significativas para o seu futuro profissional.
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Robinho deve cumprir pena no Brasil por estupro na Itália
Os ministros do STJ analisaram o pedido da Justiça italiana para a transferência do jogador de futebol Robinho. Não entraram no mérito da inocência ou culpa do atleta, mas decidiram pelo cumprimento imediato da pena em regime fechado. A Itália deseja que a punição seja cumprida em solo brasileiro, após a sentença final proferida em janeiro de 2022 na mais alta Corte do país europeu.
No parecer sobre o caso, o MPF se manifestou favoravelmente à homologação da condenação de Robinho, destacando que o pedido estava de acordo com os requisitos legais. O ex-jogador não poderá recorrer mais da decisão dos ministros do STJ. O jogador concedeu uma entrevista exclusiva ao programa Domingo Espetacular, onde afirmou que se vê como vítima de racismo por parte da Justiça italiana.
Robinho, acusado de violência sexual e condenado por estupro coletivo na Itália em 2013, passou por um julgamento em três instâncias no país europeu. Ele alega ter provas que comprovam sua inocência e enfatiza que presenciou diversos casos de racismo durante o período em que jogou na Itália.
Justiça europeia e a condenação de Robinho
O jogador afirmou que sente que teria recebido um tratamento diferenciado se fosse um italiano branco. Segundo ele, a discriminação racial foi um fator determinante em seu julgamento. Em entrevista à Record, Robinho ressaltou que, mesmo diante das provas de sua inocência, foi condenado pelo estupro na boate de Milão.
Em relação ao processo, em março do ano passado, o ministro Francisco Falcão determinou que o jogador entregasse seu passaporte ao STJ como medida cautelar. Os advogados de Robinho solicitaram acesso integral ao processo italiano e a respectiva tradução, mas o pedido foi rejeitado pela Corte Especial em agosto do mesmo ano.
A condenação de Robinho por estupro coletivo gerou repercussão internacional, colocando o jogador em uma situação delicada. Agora, a Justiça brasileira determina que ele cumpra sua pena em território nacional, após a análise criteriosa dos ministros do STJ.
Fonte: R7
Fonte: © A10 Mais
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