Temperaturas recordes pelo mundo aumentam riscos de estresse térmico para trabalhadores, alerta a ONU.
Os termômetros têm marcado recordes consecutivos de calor nos últimos dias. Em diversas regiões, o clima extenso tem desafiado a resistência das pessoas, que precisam lidar com altas temperaturas diariamente. O calor intenso tem causado preocupação em diversas partes do mundo, levando a ONU a emitir alertas sobre os riscos do estresse térmico.
Em meio a temperaturas elevadas, a preocupação com o calor intenso só aumenta. Trabalhadores em diversas áreas enfrentam desafios diários devido à alta temperatura, o que ressalta a urgência de ações para lidar com o calor extremo. A ONU destaca a importância de medidas imediatas para proteger a população em face do aumento da temperatura elevada.
Impacto do Calor Extremo na Saúde e na Economia
Vamos encarar os fatos: fenômenos de temperatura elevada não são mais um acontecimento de curta duração, seja por um dia, uma semana ou um mês’, afirmou o Secretário-Geral da ONU, António Guterres. De acordo com as medições dos termômetros, altas temperaturas se tornaram o novo padrão.
Relatórios da ONU estão emitindo alertas sobre os riscos do calor intenso para trabalhadores e para a população em geral. Um relatório divulgado nesta quinta-feira (25) pelo secretário-geral e por dez diferentes agências da ONU faz um ‘apelo à ação diante do calor extremo’. Esse documento estabelece recomendações de políticas para os governos, incluindo a implementação de medidas de proteção mais robustas para os trabalhadores.
A ONU destaca a urgência de a humanidade lidar com as consequências do calor intenso. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a implementação de ‘medidas sensatas de segurança e saúde ocupacional’ poderia resultar em uma economia de US$ 361 bilhões (cerca de R$ 2 trilhões) por ano para as economias globais. Isso se deve ao fato de que a produtividade no trabalho diminui em 50% quando as temperaturas diárias ultrapassam os 34ºC, conforme indicado no relatório.
Outro relatório da OIT aponta que os trabalhadores em todo o mundo estão constantemente expostos ao risco de estresse térmico. O calor contribui para quase 23 milhões de lesões e 18.970 mortes anualmente entre os trabalhadores em escala global, de acordo com o órgão.
Além disso, mais de 70% da força de trabalho global enfrenta vulnerabilidades em relação ao calor extremo no ambiente de trabalho. Esse risco é particularmente alto para aqueles que desempenham suas atividades ao ar livre ou em locais internos sem ventilação ou refrigeração adequadas.
Uma solução fundamental para lidar com a raiz do problema é a transição para fontes de energia mais sustentáveis, afastando-se dos combustíveis fósseis, cuja queima libera gases que contribuem para o aquecimento global. Enquanto essa transição não ocorre, o cenário de altas temperaturas e calor intenso continua a se intensificar, exigindo ação imediata e coordenada para mitigar seus impactos.
Fonte: @Olhar Digital
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