Contar astros do Telescópio Galáctico é missão desafiadora, pois a distância da nebulosa pode resultar em resposta insatisfatória.
A especialista em comunicação da Nasa e responsável pelo portal da missão do Telescópio Espacial James Webb, Maggie Masetti, destaca a importância de refletir sobre a quantidade de estrelas presentes no Sistema Solar. Questionar a vastidão do universo e a diversidade de estrelas é um exercício fascinante que nos leva a explorar os mistérios do cosmos.
Além das inúmeras estrelas que povoam o espaço sideral, outros corpos celestes como planetas, luas e asteroides contribuem para a complexidade e beleza do universo. A variedade de astros e sóis que brilham no firmamento nos convida a contemplar a grandiosidade do cosmos e a nos maravilhar com sua imensidão insondável.
Explorando o Universo das Estrelas
É que, na prática, não existe uma resposta 100% firme e sólida, por mais estimativas que possam ser feitas. No caso da Via Láctea (que é a galáxia espiral da qual o Sistema Solar faz parte), seria dificílimo contar os seus astros, principalmente a partir da posição do planeta Terra, dentro dela e em seus ‘subúrbios’. Pelo mesmo motivo, por exemplo, não há imagens da galáxia como um todo, mas apenas algumas fotos do chamado Plano Galáctico, que é aquela faixa brilhante que é possível capturar no céu noturno.
Descobertas Celestes
A chuva de meteoros Perseidas terá máxima atividade na segunda; saiba como observar. Litoral norte do Brasil tem maior potencial para gerar energia de marés. Comparando os sóis do universo ao número de grãos de areia de uma praia terrestre, o site da Agência Espacial Europeia (ESA) sugere medir um pequeno volume representativo da areia e multiplicá-lo pela proporção da área total.
Explorando o Espaço Sideral
Há cem anos, os astrônomos pensavam que todas as estrelas do universo faziam parte da Via Láctea, mas isso mudou em 1924, quando Edwin Hubble, o astrônomo americano que deu nome ao famoso telescópio, fez a descoberta que alterou a compreensão do Universo: ele calculou a distância da nebulosa de Andrômeda — que passou a ser conhecida como uma galáxia. Ela era distante demais para fazer parte da mesma galáxia da qual faz parte o Sistema Solar.
Medindo a Grandeza Estelar
Para estimar o número de estrelas da Via Láctea, é necessário, primeiramente, conhecer a massa da galáxia. Mas ‘pesar’ um aglomerado estelar dessa magnitude é um processo indireto e complicado. Feito com base em modelos teóricos e observações diretas, o processo envolve analisar a rotação da galáxia e o espectro de luz que ela emite. Os métodos de medição incluem: observar a velocidade orbital dos corpos celestes e aglomerados globulares em torno do centro da galáxia, os efeitos gravitacionais da Via Láctea no movimento de galáxias vizinhas e a distribuição da matéria escura inferida.
Desvendando o Universo Estelar
Após superar alguns desafios, como definir as bordas exatas da galáxia, a estimativa mais recente sugere que a Via Láctea tem uma massa total de aproximadamente 1,5 trilhão de massas solares, o que inclui não apenas estrelas, mas também poeira e matéria escura. Como esta, mesmo sem emitir, absorver ou refletir luz, representa 90% do total, temos que somente cerca de 10% da massa da galáxia seja matéria visível, ou seja, estrelas, gás e poeira. Para os padrões astronômicos, a Via Láctea é considerada uma galáxia grande, embora não tão massiva quanto a vizinha Andrômeda, por exemplo.
Fonte: © CNN Brasil
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