Iniciativa da Secretaria de Educação Continuada oportunizará práticas de intervenção precoce na infância, com foco nas crianças em risco de desenvolvimento e apoiadas pela educação especial.
O Programa de Atenção Precoce na Infância (ProAPI) foi criado em parceria entre o Ministério da Educação (MEC) e a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) com o objetivo de promover a inclusão e o desenvolvimento de crianças desde os primeiros anos de vida. O lançamento oficial do ProAPI ocorreu durante uma cerimônia realizada na UFPel, em Pelotas (RS), no dia 18 de março, como uma ação inovadora para apoiar as famílias e os profissionais que lidam com questões relacionadas ao desenvolvimento infantil.
O Programa de Atenção Precoce na Infância (ProAPI) representa um marco importante na promoção de políticas públicas voltadas para a atenção precoce às crianças, visando garantir um desenvolvimento saudável e equitativo para todas as crianças. A parceria entre o MEC e a UFPel destaca o compromisso com a promoção da inclusão e da diversidade, reforçando a importância de ações integradas e interdisciplinares para o bem-estar infantil.
O Programa de Atenção Precoce na Infância e o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Cognição e Aprendizagem
O ProAPI teve origem a partir de ações, estudos e propostas desenvolvidas pelo Nepca/UFPel. O objetivo principal é proporcionar práticas de intervenção precoce na infância em território nacional, com um enfoque especial nas crianças da educação infantil em situação de risco de desenvolvimento e naquelas que recebem apoio da educação especial.
De acordo com a Associação Nacional de Intervenção Precoce (Anip, 2016), pesquisas científicas realizadas em países europeus e nos Estados Unidos demonstram que a intervenção precoce na infância, juntamente com o envolvimento das famílias e a atuação nos ambientes naturais e rotinas cotidianas, promovem o desenvolvimento e a aprendizagem das crianças.
Abordagem do ProAPI e parcerias multidisciplinares
Fundamentado nessas evidências, o Ministério da Educação (MEC) e a UFPel propõem o ProAPI, baseado em um conjunto de princípios e práticas que sustentam a abordagem centrada na família e nos ambientes naturais das crianças, incluindo a escola, com o suporte das redes de apoio transdisciplinares das áreas de Educação, Saúde e Assistência Social.
Para Alexandre Mapurunga, diretor de Políticas de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva da Secadi, o programa não somente acompanhará as crianças sob a ótica da Política de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva, como também valorizará os saberes pedagógicos de forma interdisciplinar.
Além de acolher as 100 crianças em diferentes escolas na região de Pelotas, o projeto também se dedicará à produção de conhecimento científico e de boas práticas embasadas em uma abordagem inclusiva, servindo como referência para outras localidades do país.
Implantação do ProAPI em Pelotas e região
O município de Pelotas, em especial o bairro Fragata, será a base para o desenvolvimento do programa, que compreende uma Análise etnográfica detalhada da região, incluindo escolas de educação infantil, serviços de assistência e saúde, crianças matriculadas em creches e pré-escolas da rede pública, famílias e contextos.
Será oferecida formação contínua para professores das escolas de educação infantil, bem como para professores do Atendimento Educacional Especializado e profissionais da Saúde e Assistência Social. A avaliação, acompanhamento e análise dos marcos de desenvolvimento, autonomia e aprendizagem das crianças apoiadas pela educação especial e em situação de risco serão realizados nas escolas de educação infantil.
Outras ações incluem a coparceria, acompanhamento e apoio às famílias, além do desenvolvimento de práticas pedagógicas inclusivas com base no desenho universal para a aprendizagem. A elaboração do Plano de Atenção Precoce à Infância e a monitorização das práticas no Programa serão divididos em dois eixos: Família e Escola.
Reunião técnica sobre inclusão na educação superior
No Rio Grande do Sul, a equipe técnica da Secadi esteve na Universidade Federal do Rio Grande (Furg-RS) para discutir a formação de professores e inclusão do público da educação especial no ensino superior. Participaram do encontro o reitor Danilo Giroldo, além de pró-reitores e professores da universidade envolvidos com o tema.
Fonte: © MEC GOV.br
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