Presidente da empresa de saneamento fala sobre números positivos da estatal e suspensão do plano de privatização em Minas Gerais. Universalização e Marco Regulatório em destaque.
A privatização do saneamento básico no Brasil tem gerado grande polêmica entre os defensores e opositores dessa medida. Enquanto uns acreditam que a iniciativa privada pode trazer mais eficiência e investimentos no setor, outros temem o aumento das desigualdades sociais e a falta de controle do governo sobre os serviços prestados à população.
A federalização das empresas de economia mista no rammo do saneamento também é uma questão debatida, pois muitos acreditam que a gestão pelo governo federal poderia trazer mais transparência e fiscalização, evitando possíveis abusos por parte das empresas. No entanto, é preciso considerar os impactos que essa mudança poderia trazer para os serviços prestados à população e para a eficiência do setor como um todo.
Privatização da Copasa: uma visão diferente
A análise é de Guilherme Duarte, presidente da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), uma empresa de economia mista com 50,3% de participação do governo estadual. Com aproximadamente 10 mil colaboradores, a Copasa atende 12,5 milhões de clientes em 640 municípios do estado.
A importância do Marco Regulatório do Saneamento
‘A simples implementação da concorrência por meio do marco regulatório do saneamento trouxe à tona o risco do fim das estatais do setor’, destaca Duarte em entrevista ao NeoFeed.
Desafios da privatização
O governador Romeu Zema suspendeu os planos de privatização da Copasa e iniciou negociações com o governo federal para federalizá-la, juntamente com outras estatais mineiras, como forma de amortizar a dívida pública de R$ 160 bilhões com a União.
A busca pela eficiência na empresa de economia mista
<p'Duarte é o gestor de uma estatal com desempenho de empresa privada eficiente', ressalta a importância de adequar as estatais de saneamento a uma nova realidade imposta pelo marco regulatório.
Investimentos e desafios da Copasa
A Copasa registrou lucro líquido de R$ 437 milhões no terceiro trimestre de 2023 e planeja investir R$ 1,7 bilhão em 2024, com foco na universalização do serviço de tratamento de esgoto e na redução das perdas de água.
Novas fontes de receita e desafios financeiros
A busca por novos modelos de negócios, como concessões e tratamento de resíduos sólidos urbanos, pode ser uma alternativa para a Copasa incrementar sua receita e se adaptar às exigências do mercado.
Modicidade tarifária versus rentabilidade
Encontrar o equilíbrio entre utilizar receitas extras para a modicidade tarifária e para o resultado da empresa é essencial para garantir a sustentabilidade do negócio no longo prazo e atender às demandas do órgão regulador.
Fonte: @ NEO FEED
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