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Arthur Lira (PP), resolveu, na quarta-feira (22), incluir Célia Xakriabá (PSOL) como membro da comissão Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil A formação de uma comissão externa da Câmara dos Deputados para investigar a crise humanitária na Terra Yanomami gerou revolta entre os indígenas Yanomami.
A inclusão de Célia Xakriabá na comissão foi vista como um passo importante para dar voz às comunidades Yanomami que têm enfrentado uma crise profunda em sua região. A situação na Terra Yanomami exige medidas urgentes para garantir a segurança e o bem-estar do povo Yanomami, que há tempos luta para preservar sua cultura e território. A crise humanitária na Terra Yanomami é um reflexo das dificuldades enfrentadas pelos Yanomami diante da falta de assistência e proteção adequadas.
Crise Yanomami: Nota de Repúdio e Inclusão na Comissão
A crise Yanomami continua a preocupar diversas entidades, que emitiram uma nota de repúdio contra a postura de deputados contrários à demarcação de terras e que atacam os direitos das populações indígenas. Diante da mobilização, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), decidiu incluir Célia Xakriabá (PSOL) como membro da comissão, totalizando 16 integrantes.
Visita de Célia Xacriabá e a Crise Yanomami
Célia Xacriabá, primeira parlamentar a visitar o território em 2023, destacou a gravíssima crise enfrentada pelos Yanomami, causada pelo aumento do garimpo ilegal em 54% e pelo genocídio incentivado pelo governo Bolsonaro. Sua participação na comissão é vista como essencial diante desse cenário.
Comissão Externa e a Crise Humanitária Yanomami
A comissão externa, criada por ato da presidência da Câmara dos Deputados, tem como objetivo investigar a crise humanitária dos Yanomami. Sob coordenação da deputada Coronel Fernanda (PL), a comissão contará com a presença de Célia Xacriabá e Silvia Waiapi (PL), ex-secretária de Saúde Indígena do Ministério da Saúde.
Repúdio à Ação da Câmara dos Deputados
Entidades como a Hutukara Associação Yanomami (HAY) e outras 78 organizações sociais manifestaram repúdio e indignação pela postura da Câmara dos Deputados, que visa utilizar a crise Yanomami para objetivos políticos relacionados ao garimpo e à mineração em territórios indígenas.
Marco Temporal e os Direitos Indígenas
A tese do Marco Temporal, apoiada por 15 parlamentares inicialmente designados, foi votada favoravelmente no Congresso, mas considerada inconstitucional pelo STF em setembro de 2023. Apesar do veto do presidente Lula, a Lei Federal 14.701/2023 foi promulgada após a derrubada do veto pelos parlamentares.
Fonte: @ Nos
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