Em 2023, o Minha Casa, Minha Vida teve aumento de 14,7% nos lançamentos de unidades econômicas, segundo estudo de mercado.
Entre o começo do ano e o final de 2023, foram lançadas 293.013 unidades habitacionais em território brasileiro. Esta quantidade registrou uma redução de 11,5% em relação a 2022, conforme apontado pela pesquisa Tendências do Comportamento do Consumidor de Imóveis, conduzida pela ABRAINC e pela Brain Inteligência Estratégica. Já no mesmo intervalo de tempo, observou-se um aumento de 14,7% nos empreendimentos do programa Minha Casa, Minha Vida.
O programa Minha Casa, Minha Vida teve um papel fundamental em impulsionar o mercado imobiliário no último ano. Os dados revelam que os investimentos e incentivos proporcionados pelo MCMV contribuíram significativamente para o aumento de lançamentos no setor. Além disso, é importante ressaltar que a iniciativa governamental impactou positivamente a oferta de moradias acessíveis à população de baixa renda, promovendo assim a inclusão social e o desenvolvimento urbano.
Minha Casa, Minha Vida: Um Incentivo para o Mercado de Unidades Residenciais
Fonte: CBIC/CII / Elaboração: Brain Inteligência Estratégica Uma mudança significativa foi observada no mercado imobiliário em relação ao número de unidades lançadas via MCMV. No quarto trimestre de 2022, foram registradas 35.718 unidades, enquanto no último trimestre de 2023, esse número aumentou para 40.962. O impacto do programa Minha Casa, Minha Vida é evidente, destacando dois momentos distintos ao longo do ano de 2023.
Antes desse período, a indústria dos imóveis econômicos enfrentava um cenário de pessimismo diante da situação econômica do Brasil. Eduardo Fischer, CEO da MRV, destacou durante o lançamento do estudo Tendências do Comportamento do Consumidor de Imóveis a mudança de perspectiva após as medidas implementadas. Segundo ele, as alterações foram um estímulo para corrigir o cenário desfavorável, especialmente pós-COVID-19.
O Crescimento do Mercado Imobiliário e o Enfoque no Segmento Econômico
Antonio Setin, fundador da Setin Incorporadora, compartilha a visão de que o governo atual busca reduzir o déficit habitacional para as classes menos favorecidas. Empresas atuantes nesse segmento estão em posição favorável para prosperar. Os dados indicam que o lançamento e as vendas de unidades residenciais mantiveram a mesma dinâmica. Em 2023, foram vendidos 322.851 imóveis, representando uma queda de 1,4% em relação a 2022 (327.554). No entanto, as unidades oriundas do MCMV apresentaram um aumento de 4%, passando de 30.655 (4T2022) para 31.881 (4T2023).
Atualmente, as unidades do Minha Casa, Minha Vida correspondem a 39% das vendas do mercado imobiliário no Brasil. Carlos Terepins, CEO da incorporadora Nortis, destaca a alta demanda por imóveis no segmento econômico. Mesmo com o aumento nos lançamentos e vendas, houve uma redução na oferta de unidades enquadradas no MCMV, apontando uma diminuição de 6,7% no estoque, que deve se esgotar em aproximadamente nove meses, caso o ritmo de vendas seja mantido.
A Influência do MCMV na Decisão de Compra dos Consumidores
O estudo Tendências do Comportamento do Consumidor de Imóveis revela que a Geração Z é o grupo mais interessado em adquirir um imóvel no Brasil. Segundo a pesquisa realizada pela ABRAINC em parceria com a Brain Inteligência Estratégica, 46% dos entrevistados da Geração Z demonstraram interesse em comprar uma propriedade. Luiz França, presidente da ABRAINC, destaca a importância do MCMV nesse contexto, mesmo com o cenário em que jovens de alta renda tendem a permanecer por mais tempo na casa dos pais.
Além disso, outro grupo com grande interesse na compra de imóveis é a Geração X (entre 43 e 58 anos), mostrando que o mercado imobiliário brasileiro está em constante evolução, com o Minha Casa, Minha Vida desempenhando um papel crucial no cenário atual e futuro.
Fonte: © Estadão Imóveis
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