O banco digital comprou por R$ 110 mi os 50% do BMG na sociedade da adquirente, visando expandir no mercado PJ e atrair clientes pessoa física.
O CEO do Inter, João Vitor Menin, reconhece que o mercado do cliente pessoa física está saturado de concorrentes e a competição por espaço é intensa. Segundo ele, é um ‘oceano vermelho’. No entanto, existe um segundo oceano – este sim, azul – que o Inter deseja explorar com agilidade: o de clientes PJ. Para alcançar esse objetivo, era necessário um elemento que acaba de ser integrado à sua estratégia.
Agora, com essa nova peça no tabuleiro, o Inter está mais preparado para navegar em águas tranquilas e conquistar o mercado de empresas. A visão da empresa é clara: expandir sua atuação para além do segmento tradicional de pessoa física e se tornar uma referência também para clientes jurídicos. Com essa estratégia, o Inter se consolida como uma empresa inovadora e adaptável, pronta para enfrentar os desafios do mundo digital com determinação e visão de futuro.
Inter adquire 100% da adquirente Granito e mira mercado de pequenas e médias empresas
O , que detinha 50% da adquirente Granito, fez a aquisição dos outros 50% de participação do banco Bmg na empresa por R$ 110 milhões. Com essa transação, o banco da família Menin passa a ter controle total da companhia, que será renomeada como após a aprovação do BC e do Cade. Embora o banco digital já fosse parceiro da Granito, assumir o controle total representa uma mudança estratégica significativa para avançar no segmento de pequenas e médias empresas. Anteriormente, não era possível integrar a adquirente ao aplicativo do Inter e oferecer diretamente aos clientes, mas agora essa possibilidade se abre, o que pode representar um avanço considerável no mercado PJ.
‘Essa era a peça que faltava para o nosso superapp de PJs, ter a adquirência integrada ao nosso ecossistema’, comenta Menin em entrevista ao NeoFeed. ‘Estou animado com essa transação, pois o mercado de PJ ainda apresenta muitas oportunidades inexploradas pelos bancos tradicionais.’ Alguns números destacam o potencial de negócios dentro do ecossistema do . Atualmente, o banco conta com 2 milhões de clientes que utilizam a conta PJ. Dentro desse grupo, 1,15 milhão são MEIs e 850 mil são pequenas e médias empresas. No entanto, apenas 10% desses clientes utilizam a adquirente da Granito.
‘Muitos clientes recebem pagamentos de outras adquirentes e precisam transferir para suas contas no Inter’, explica Menin. ‘Agora, com a adquirente e a conta no mesmo aplicativo, o processo será simplificado.’ A Granito possui 150 mil clientes e um TPV de aproximadamente R$ 30 bilhões por ano. Ao integrar-se ao , Menin prevê um crescimento significativo desses números devido à facilidade de integração, especialmente considerando que o já era parceiro e conhece bem as operações da empresa.
Outro ponto crucial é que a Granito é uma empresa moderna, com infraestrutura totalmente digital, o que facilitará a integração com o aplicativo do . ‘Não teremos problemas com sistemas antigos’, destaca Menin, ressaltando que o atenderá não apenas os clientes do banco, mas também todo o mercado. Apesar disso, a competição por clientes no setor de adquirência é acirrada.
Recentemente, a disputa entre os concorrentes, incluindo Cielo, PagSeguro, Getnet, Stone, Rede e outros, foi apelidada de ‘a guerra das maquininhas’. O mercado tem evoluído com os players consolidando suas posições tanto na adquirência quanto no setor bancário. Além dos grandes nomes como Itaú, Santander, Bradesco e Banco do Brasil, outros players têm buscado oferecer soluções completas. A PagSeguro expandiu para o setor bancário com o PagBank, enquanto o Mercado Pago, do Mercado Livre, lançou sua própria adquirente.
O C6 Bank surgiu adquirindo a PayGo. Sobre a concorrência, Menin destaca duas vantagens principais: experiência do usuário e custo. ‘Os clientes do terão tudo integrado. E o custo, devido ao nosso controle sobre o fluxo, é mais competitivo’, afirma Menin. ‘Atualmente, nossa taxa de financiamento é de 62% do CDI, enquanto os grandes bancos brasileiros estão em 85%.’
Fonte: @ NEO FEED
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