Membros do CEB, aclamados montanhistas, possuem habilidades físicas e mentais essenciais para cuidar de si mesmos e ganhar longevidade. Medir essas habilidades é fundamental.
No mês de julho, Maria Santos finalmente conquistou sua tão sonhada independência e autonomia. Após anos trabalhando em um escritório, decidiu abrir seu próprio negócio e agora se sente livre para tomar suas próprias decisões. A sensação de liberdade é incrível!
Com auto liderança e auto governança, João conseguiu se destacar em sua área profissional. Ele não depende mais de ordens superiores para alcançar seus objetivos e sua carreira decolou. Agora, ele se sente capaz de superar desafios e conquistar qualquer coisa que deseje. Estar no controle de sua vida é gratificante.
Independência e autonomia na prática do montanhismo
A ‘comemoração’ incluiu uma escalada de 50 metros, uma descida de rapel, um nado em fosso profundo, um bolo de aniversário e – ufa! – o tradicional ‘Parabéns pra você’, cantado por membros do Centro Excursionista Brasileiro (CEB), seu clube de montanhismo. Marineth Huback, aclamada montanhista, 87 anos, na trilha da Pedra Bonita, na zona oeste do Rio de Janeiro. ‘Como toda escalada, a Pontuda, nas Ilhas Tijucas, requer atenção. Qualquer vacilo, você despenca e cai no mar. Mas o visual compensa qualquer sacrifício. É mágico!’, descreve uma das mais experientes montanhistas do Brasil. Nascida em Nova Friburgo, na região serrana do Estado, Marineth começou a praticar montanhismo aos 59 anos.
Liberdade funcional e auto liderança na jornada de Marineth
Hoje, aos 87, já escalou 125 picos – o mais alto, o da Bandeira, entre Minas e Espírito Santo, tem 2.891 metros de altitude. Já o da Pedra da Gávea, no Rio, gostou tanto que escalou 17 vezes.’No montanhismo, nunca sofri etarismo. Mas, no trânsito, já ouvi cada coisa! Muita gente me pergunta: ‘Você ainda dirige?’ Nessas horas, respondo: ‘Ué, se tenho carteira de habilitação, por que eu não vou dirigir?’ Querem impor limites onde não há’. Marineth começou a praticar montanhismo aos 59 anos e já escalou 125 picos. Marineth Huback é o que os geriatras e gerontólogos chamam de independente e autônoma.
Auto governança e capacidade funcional na terceira idade
O idoso é independente quando, fisicamente, é capaz de executar tarefas básicas da vida diária, como tomar banho, se vestir e comer. E autônomo quando, cognitivamente, consegue realizar atividades instrumentais, mais complexas que as básicas, como usar o telefone, fazer compras ou cuidar das finanças. No primeiro caso, também chamado de ‘autocuidado’, o idoso precisa desempenhar as funções sozinho, sem ajuda de familiares, acompanhantes ou cuidadores. No segundo, o ‘autogoverno’, ele pode recorrer, quando necessário, a dispositivos, como óculos, próteses auditivas e bengalas, ou a estratégias, como agendas ou post-its.
Desafios e estratégias para a independência física e cognitiva
‘Se o idoso tem artrose no joelho, que o impede de sair de casa para comprar remédio na farmácia, ele tem sua independência comprometida. Mas, se ele consegue executar essa tarefa com o auxílio de uma bengala, mantém sua independência’, explica o geriatra Fábio Nasri, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo (SP). Ao conjunto de habilidades físicas e mentais indispensáveis para cuidar de si próprio e para viver em sociedade de forma independente e autônoma, os especialistas em longevidade dão o nome de capacidade funcional do idoso. Há, pelo menos, duas escalas para avaliar a capacidade funcional de um idoso: a de Katz e a da Lawton (faça esta ao final da reportagem).
A importância da avaliação da capacidade funcional
Porque é um preditor de morbidade e mortalidade. O que isso quer dizer? Ajuda a predizer, isto é, a dizer antecipadamente, quais as chances daquele idoso adoecer ou morrer em um futuro próximo. Quem explica melhor é a geriatra Luiza Blanco, do Hospital Santa Paula: ‘A perda de capacidade funcional está, muitas vezes, associada ao início de uma doença ou à evolução de outra, pré-existente. Quanto mais dependente for o idoso, maior o risco de ele sofrer quedas ou de contrair infecções’, acrescenta. Em caso de perda funcional, o médico deve ajustar o tratamento para evitar a progressão da doença ou recuperar a independência perdida.
Fonte: @ Estadão
Comentários sobre este artigo