Operação conjunta com 4 viaturas e 14 policiais realizando vistorias diárias. Comando Vermelho, celulares e fuzil apreendidos em fragrante.
No dia de hoje, a captura dos dois fugitivos do presídio federal de Mossoró (RN) ocorreu em uma operação conjunta entre a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Federal. As equipes da PRF utilizaram quatro viaturas e contaram com a presença de 14 agentes, facilitando a busca e captura dos criminosos.
Os detentos que haviam escapado da prisão foram localizados e detidos pelas autoridades, demonstrando a eficiência da operação realizada pelas forças de segurança. A sociedade pode ficar mais tranquila sabendo que mais dois fugitivos foram recapturados pelas forças policiais, garantindo a ordem e a justiça em nosso país.
Polícia Federal prende fugitivos em operação conjunta
Os fugitivos estavam com mais quatro pessoas, em três carros -todos foram presos e apreendidos- e foram localizados em uma rodovia federal perto de Marabá (PA). A Polícia Federal monitorou permanentemente a dupla depois que soube que eles não estavam mais na região próxima a Mossoró, de acordo com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.
‘Eles, obviamente, foram coadjuvados por criminosos externos. Tiveram auxílios de seus comparsas e das organizações criminosas às quais eles pertenciam’, disse o ministro, ao se pronunciar sobre o caso. ‘Estavam num verdadeiro comboio do crime’, disse o ministro.O grupo foi detido na ponte sobre o rio Tocantins.
‘Esta ponte foi fechada, de um lado, pela Polícia Rodoviária Federal e, do outro lado, pela Polícia Federal.’Oito celulares e um fuzil com dois carregadores também foram apreendidos na operação.
Fugitivos detidos retornarão para presídio de Mossoró
Os dois fugitivos voltarão para o presídio de Mossoró.Lewandowski disse que a penitenciária foi ‘totalmente reformulada, no que diz respeito aos equipamentos de segurança’.’Eles ficarão separados, haverá vistorias diárias.
A direção [do presídio] foi trocada, os protocolos foram reafirmados e aperfeiçoados e, de lá, certamente [eles] não se evadirão’, afirmou.No momento da prisão, segundo integrantes do Ministério da Justiça, houve ‘um esboço de reação’.No primeiro veículo abordado, o foragido Rogério Mendonça estava no banco de carona e portava um fuzil.
Ele chegou a colocar a arma para fora do carro e, nessa ocasião, o carro da PF colidiu com o dos fugitivos.Depois disso, eles saíram do veículo e Rogério largou a arma. Os outros dois veículos foram abordados na cabeceira da ponte.’O inquérito policial foi instaurado em Mossoró.
Ajuda de facções na fuga dos criminosos
Além do inquérito, onde essas pessoas serão indiciadas pelos crimes que estão cometendo, eles também responderão pelo fragrante na circunscrição local de Marabá, em razão de armas e do apoio à fuga desses cidadãos que saíram da penitenciária federal’, disse Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal.A fuga ocorreu na madrugada do dia 14 de fevereiro e expôs o governo de Lula (PT) a uma crise justamente em um tema explorado por adversários políticos, a segurança pública.Lewandowski disse ainda que os dois fugitivos da penitenciária federal de Mossoró tiveram ajuda de facções e estavam fugindo para o exterior quando foram presos.O Ministério da Justiça aponta que houve a ajuda de outros carros, que transportaram os fugitivos, inicialmente, por 34 km.Enquanto eram procurados, Rogério da Silva Mendonça, 36, conhecido como Martelo, e Deibson Cabral Nascimento, 34, chamado de Tatu ou Deisinho, mantiveram uma família como refém, foram avistados em comunidades diversas, se esconderam em uma propriedade rural e agrediram um indivíduo na zona rural de Baraúna.
Inicialmente, as buscas aconteceram nas proximidades de Mossoró porque, segundo Lewandowski, havia vestígios da presença dos dois, como restos de alimentos.
Falhas no sistema carcerário facilitaram a fuga
Os investigadores suspeitam que os dois detentos tenham sido mantidos por membros do Comando Vermelho do Rio de Janeiro em parte desse tempo.Uma das suspeitas são transferências feitas por meio de Pix que beneficiaram os fugitivos e que a Polícia Federal investiga de onde vieram, e suspeita que tenham relação com a facção criminosa.O Ministério da Justiça afirma que houve falhas em procedimentos, mas descarta corrupção de agentes na fuga de dois presos da penitenciária federal de Mossoró (RN), segundo apontou um relatório da corregedoria-geral da Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais), órgão ligado à pasta.Sobre as falhas, a corregedora Marlene Rosa afirma que elas se deram nos procedimentos carcerários de segurança.
Como mostrou a Folha, as celas dos dois presos que fugiram ficaram ao menos 30 dias sem revista e, por isso, foram abertas as apurações contra os dez servidores.Para Lewandowski, a demora de 50 dias para localizar os fugitivos foi um ‘prazo que segue os paradigmas internacionais’ em um ‘país de dimensões continentais’.Os investigadores identificaram que os dois fugitivos usaram uma barra de ferro, retirada da estrutura da própria cela, para escavar um buraco no vão da luminária.
Com a abertura do espaço, os presos conseguiram escapar.Os detentos teriam conseguido a barra de ferro, de cerca de 50 centímetros, descascando parte da cela que já estava comprometida, devido a infiltração e falta de manutenção.Com o buraco na luminária, os dois chegaram ao local da manutenção do presídio, onde estão máquinas, tubulações e toda a fiação.De lá, a dupla conseguiu alcançar o teto do prédio.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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