Encontro no Itamaraty pelo Dia Internacional da Saúde da Mulher e Igualdade Racial com ações antirracistas.
Nesta quarta-feira (24), o Ministério da Saúde realizou um encontro especial para comemorar o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha, destacando a importância da saúde feminina. O tema do evento foi ‘Pela Saúde da Mulher Negra’, e contou com a participação da secretária de Informação e Saúde Digital (Seidigi), Ana Estela Haddad, e da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, ressaltando a necessidade de políticas públicas voltadas para a promoção da saúde da mulher.
Além disso, foi discutida a importância dos cuidados preventivos e do acesso a profissionais de saúde qualificados para garantir o bem-estar e a qualidade de vida das mulheres. A atenção à condição física e emocional, juntamente com o apoio de médicos e especialistas, é fundamental para promover uma sociedade mais igualitária e saudável. A saúde da mulher deve ser prioridade em todas as esferas da sociedade, visando a um futuro mais justo e equitativo para todas.
Dia Internacional da Saúde da Mulher Negra: Ações antirracistas em destaque
Também estiveram presentes gestoras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e das pastas da Igualdade Racial e Relações Exteriores. Durante sua intervenção, Ana Estela Haddad destacou uma variedade de iniciativas promovidas para combater as desigualdades na saúde. Uma delas é a expansão do DataSUS para incluir o critério raça-cor nos registros de saúde.
Isso é crucial para avançar nas políticas públicas, contabilizando o que foi por muito tempo ignorado, a fim de contribuir para transformar essa realidade, enfatizou a secretária. É fundamental lembrar que as mulheres negras representam 60,9% das usuárias do SUS, conforme a Pesquisa Nacional de Saúde (2020), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Confira a seguir outras medidas que o governo federal tem adotado com foco na saúde das mulheres negras: Investimento na Política Nacional de Saúde Integral da População Negra. Ao longo de três anos, o Ministério da Saúde, com o apoio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), planeja investir R$ 32 milhões para fortalecer ações de combate ao racismo nos municípios. Está prevista a criação de um observatório de saúde da população negra, com a divulgação de um painel nacional de indicadores de saúde. Para apoiar os gestores, o projeto oferece oficinas de multiplicadores, capacitação para as secretarias de saúde, publicação de guias, visitas técnicas e educação continuada.
Estratégia antirracista: Mais Médicos como exemplo pioneiro. Além disso, a pasta lançou, em 2023, a Estratégia Antirracista para a Saúde. Essa iniciativa inovadora estabelece um mecanismo transversal para analisar todas as ações, programas e iniciativas promovidas ou apoiadas pelo ministério. Entre as prioridades da estratégia estão a saúde integral da mulher negra, a redução da mortalidade materna, infantil e fetal, políticas de saúde mental e a promoção da saúde sexual com base na diversidade. Uma das conquistas já alcançadas foi a inclusão de cotas para negros, indígenas e pessoas com deficiência em um edital recente do Mais Médicos, algo inédito na história do programa.
Salas exclusivas para vítimas de violência doméstica. Em abril, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma lei que determina a criação de salas exclusivas de atendimento nos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), conhecidas como salas lilás. Essa medida visa garantir o acolhimento imediato às vítimas logo após a agressão, com um atendimento adequado, privacidade e proteção à integridade física. As salas lilás estarão presentes em todas as novas maternidades construídas por meio do Novo PAC, impactando a saúde de 26,7 milhões de mulheres em idade fértil.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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