Principais sintomas e tratamentos de doenças autoimunes como lúpus e artrite; sistema imunológico afetado, tratamentos variam de acordo com a gravidade e fatores genéticos.
Os transtornos autoimunes são caracterizados por um mau funcionamento do sistema imunológico, que passa a atacar os próprios tecidos e órgãos do corpo humano. De acordo com a Autoimune Association, entidade dos Estados Unidos especializada no tema, há uma grande variedade de mais de 100 tipos de desordens autoimunitárias identificadas até o momento.
As doenças autoimunitárias podem se manifestar de diferentes formas, afetando inúmeros órgãos e sistemas do corpo. É importante estar atento aos sintomas característicos dessas condições, que podem incluir fadiga crônica, inflamações e dores nas articulações, entre outros. A identificação precoce e o tratamento adequado são fundamentais para o controle e a melhoria da qualidade de vida dos pacientes com desordens autoimunes.
Doenças Autoimunes: Uma Visão Ampliada
E, de acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), aproximadamente 5 a 7% da população mundial, com uma predominância nas mulheres, é afetada por alguma forma dessas doenças autoimunes. As doenças autoimunes, também conhecidas como doenças autoimunitárias, ou desordens autoimunes, são condições em que o sistema imunológico ataca erroneamente as próprias células e tecidos do corpo.
Principais Doenças Autoimunitárias
O reumatologista André Ramos, da Beneficência Portuguesa, elencou algumas das desordens autoimunes mais comuns que costumam ser diagnosticadas com freqüência. Entre elas estão a Tiroidite de Hashimoto, caracterizada pela destruição da glândula da tireoide; Diabetes tipo 1, que afeta as glândulas produtoras de insulina, hormônio responsável por colocar açúcar dentro das células para gerar energia; Vitiligo, que acomete as células que dão coloração à pele; Artrite reumatoide, que afeta as articulações, causando dor, inchaço e rigidez; e o Lúpus, que pode afetar várias partes do corpo, como pele, olhos, rins e vasos sanguíneos.
Doenças Autoimunitárias: Um Olhar Detalhado
Quanto à gravidade das desordens autoimunitárias, elas variam consideravelmente de acordo com o tipo de doença e o estágio em que são diagnosticadas. A Sociedade Brasileira de Reumatologia destaca que, apesar disso, o lúpus é considerado uma das doenças autoimunitárias mais sérias, principalmente quando atinge o rim de forma grave, comprometendo o seu funcionamento e exigindo tratamentos mais intensivos, como a hemodiálise ou o transplante do órgão.
Fatores Genéticos e Ambientais
A origem das doenças autoimunes ainda não é plenamente compreendida, mas acredita-se que haja uma forte influência de fatores genéticos, conforme explicou o presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia. Isso significa que indivíduos com histórico familiar dessas doenças apresentam uma maior probabilidade de desenvolvê-las. Além disso, existem gatilhos ambientais que podem desencadear ou agravar essas condições, como a exposição solar excessiva no caso do lúpus, por exemplo.
Por que as Doenças Autoimunes Acometem Principalmente Mulheres?
Em geral, as doenças autoimunitárias afetam mais mulheres do que homens, embora os motivos por trás dessa discrepância não sejam totalmente claros. No entanto, há indícios de uma relação entre o hormônio estrogênio e o surgimento de doenças autoimunes, como o lúpus. A atuação de outros hormônios e fatores genéticos também pode influenciar nessa disparidade de gênero.
Diagnóstico e Tratamento das Doenças Autoimunes
Identificar uma doença autoimune pode ser desafiador, uma vez que os sintomas costumam ser inespecíficos e variam de uma condição para outra. Alguns sinais a se observar incluem dores articulares, febre baixa, mal-estar, cansaço, lesões oculares, manchas na pele, entre outros. Caso esses sintomas persistam, é fundamental procurar um médico especializado, como um reumatologista.
Quanto ao tratamento, não existe uma cura definitiva para as doenças autoimunes, mas é possível controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Os tratamentos variam de acordo com a gravidade e o tipo de condição, podendo envolver o uso de corticosteroides, quimioterápicos e medicamentos biológicos. Dessa forma, muitos pacientes conseguem levar uma vida normal, mesmo convivendo com uma doença autoimune.
Fonte: @ Estadão
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