Advogado criminalista destaca importância do sistema de inteligência e diálogo entre os estados na luta contra o crime organizado.
Em meio aos desafios enfrentados pela sociedade, a necessidade de combater o crime organizado é urgente. É fundamental desenvolver estratégias eficazes para desmantelar as estruturas que sustentam esse tipo de atividade criminosa, que representa uma ameaça à segurança e ao bem-estar de todos.
O enfrentamento da criminalidade exige cooperação internacional e a atuação coordenada contra as organizações criminosas que perpetuam a delinquência. A implementação de políticas públicas e o fortalecimento das instituições são passos essenciais para combater esse grave problema social.
Debates sobre o Combate ao Crime Organizado na Segurança Pública
Durante o seminário ‘Brasil Hoje 2024’, Pierpaolo Cruz Bottini participou ativamente do debate sobre a segurança pública e sua relação com a estabilidade econômica. Para Bottini, a abordagem tradicional de enfrentar o crime organizado com medidas punitivas não é eficaz em um país federado com pouca integração entre os estados. Ele pontuou que a solução vai além de simplesmente aumentar penas e reforçar detenções. É fundamental aprimorar os sistemas de inteligência, como o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), para combater as atividades ilegais das organizações criminosas.
Bottini enfatizou que as prisões são locais onde o crime organizado se fortalece, destacando a necessidade de uma abordagem mais estrutural e inteligente para desmantelar essas estruturas. O advogado ressaltou a importância de integrar o Coaf a outros órgãos de inteligência a fim de potencializar a eficácia das ações contra lavagem de dinheiro e outras atividades ilícitas.
Durante o evento, o secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, endossou as palavras do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, sobre a necessidade de uma reforma constitucional para fortalecer a atuação do governo federal no combate ao crime organizado. Sarrubbo ressaltou a importância de uma visão integrada da segurança pública em todo o país, considerando que o crime, especialmente o tráfico de drogas, transcende as fronteiras estaduais.
A proposta de criar um fundo nacional de segurança pública, com repasses e convênios entre o governo federal e os estados, surge como uma possível solução para fortalecer as políticas de segurança em âmbito nacional. A constitucionalização do Sistema Único de Segurança Pública (Susp) também é discutida como forma de garantir recursos estáveis e eficazes para o enfrentamento do crime organizado em todas as suas vertentes.
Fonte: © Conjur
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