O uso excessivo de medicamentos gera crescimento progressivo de sintomas e dificulta o controle de doenças, causando efeitos adversos.
Uma pesquisa recente, divulgada na Revista Brasileira de Pneumologia, revela que o uso frequente da bombinha, remédio comum para alívio imediato da asma – condição inflamatória crônica das vias respiratórias que resulta em episódios de falta de ar, chiado no peito, tosse e respiração curta e rápida – pode aumentar a probabilidade de crises e agravar progressivamente os sintomas, podendo até mesmo requerer hospitalização.
É essencial que os pacientes com asma sigam rigorosamente o tratamento prescrito pelo médico, evitando a automedicação e buscando orientação profissional em caso de dúvidas sobre o uso correto dos medicamentos. Manter o controle da doença e adotar medidas preventivas são fundamentais para reduzir o risco de crises e garantir uma melhor qualidade de vida para quem convive com essa condição respiratória crônica.
Estudo alerta para o uso inadequado de medicamentos e a importância do controle da asma
O relatório recente destaca a preocupação com o crescimento progressivo do uso inadequado e indiscriminado de medicamentos no tratamento da asma. A falta de controle da doença pode desencadear crises graves, tornando essencial o uso correto da ‘asma;’ e da ‘bombinha;’. O estudo revela um padrão de prescrição excessiva, contrariando as recomendações estabelecidas, o que pode acarretar efeitos adversos importantes.
Marcelo Rabahi, renomado professor de Pneumologia, enfatiza a necessidade de conscientização sobre a correta utilização dos medicamentos para asma. O uso excessivo de corticosteroides orais pode resultar em tratamentos mais agressivos, impactando negativamente a qualidade de vida dos pacientes.
Uma das questões levantadas é a alta taxa de compra de ‘bombinhas;’ sem prescrição médica, contribuindo para o uso indiscriminado desses medicamentos. O estudo, realizado em diferentes regiões do Brasil, revelou que quase metade dos pacientes em tratamento com ‘bombinhas;’ enfrentaram crises graves da doença.
Os achados do estudo SABINA apontam para a necessidade urgente de educação sobre a asma, seus sintomas e tratamentos disponíveis. A análise de 218 pacientes asmáticos mostrou que a maioria recebeu prescrição excessiva de ‘bombinhas;’, o que resultou em desfechos clínicos desfavoráveis.
É fundamental que os profissionais de saúde estejam atentos às diretrizes clínicas recomendadas para o tratamento da asma. As organizações médicas, como a GINA e a SBPT, têm enfatizado a importância do uso adequado de medicamentos para controlar a doença e reduzir o risco de crises.
Com cerca de 20 milhões de pessoas sofrendo de asma no Brasil, é crucial promover a conscientização e a educação sobre a doença. O aumento no número de mortes relacionadas à asma destaca a necessidade de medidas preventivas e de tratamento eficazes para garantir a saúde e o bem-estar da população.
Fonte: @ Veja Abril
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