Bolsonaro chama de “ilógico” pedido de asilo diplomático por preocupação com prisão.
Jair Bolsonaro, presidente do Brasil, declarou nesta quarta-feira (27/3) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que seria ‘incoerente’ sugerir que ele solicitar asilo político durante o tempo em que permaneceu na Embaixada da Hungria, em Brasília, no último mês.
O atual presidente do Brasil rejeitou veementemente a possibilidade de pedir asilo político na Embaixada da Hungria, contrariando as especulações que circularam nos últimos dias. A resposta de Bolsonaro ao ministro Alexandre de Moraes foi enfática: não houve, e não haverá, pedido de asilo político em nenhum momento de sua gestão.
Defesa de Jair Bolsonaro refuta suspeita de pedido de asilo na embaixada da Hungria
A defesa do presidente Jair Bolsonaro enviou ao Supremo Tribunal Federal uma manifestação refutando as suspeitas sobre um possível pedido de asilo na embaixada da Hungria. Isso ocorreu após o ministro dar um prazo de 48 horas para Bolsonaro explicar sua estadia na embaixada. Segundo o jornal The New York Times, o ex-presidente permaneceu hospedado na embaixada entre os dias 12 e 14 de fevereiro deste ano.
Antes desse episódio, Bolsonaro teve seu passaporte apreendido por ordem do ministro Alexandre de Moraes após uma busca e apreensão realizada pela Polícia Federal. Essa ação estava relacionada a um inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado no país após as eleições de 2022. Vale ressaltar que a área da embaixada é considerada inviolável pelas autoridades brasileiras, conferindo imunidade contra um eventual cumprimento de mandado de prisão.
Na petição apresentada pela defesa de Bolsonaro, foi destacado que não havia preocupação com uma possível prisão preventiva. Assim, considerar a visita à embaixada como um pedido de asilo político seria ilógico, de acordo com os advogados do ex-presidente.
Relações públicas entre Bolsonaro e autoridades húngaras
Os advogados de Bolsonaro também ressaltaram que o ex-presidente sempre manteve interlocução com as autoridades húngaras e que não houve nenhuma intenção de solicitar asilo diplomático. O presidente brasileiro é aliado do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, que compareceu à posse de Bolsonaro em 2018. Em 2022, Bolsonaro visitou Budapeste e foi recebido por Orbán, evidenciando uma relação de constantes elogios públicos entre os dois líderes.
As imagens das câmeras de segurança e de satélite analisadas pelo jornal americano mostram que Bolsonaro chegou à embaixada no dia 12 à tarde e saiu na tarde do dia 14. Durante sua estadia, a embaixada estava praticamente vazia, com exceção de alguns diplomatas húngaros residentes no local.
No dia 14, os diplomatas húngaros orientaram os funcionários brasileiros, que estavam de férias durante o feriado de Carnaval, a permanecer em casa pelo resto da semana. Esses detalhes foram apontados como prova de que não houve qualquer intenção de asilo por parte de Bolsonaro, conforme destaca o jornal. Fonte: Agência Brasil.
Fonte: © Conjur
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